
Nesse corpo de barro
na vida cheguei
o vento me viu
e me deu o seu sopro.
Meus olhos nascendo,
teus olhos buscaram
e só nesse instante
se abriram, vivendo.
Aos passos retorno,
procuro-te, não estás
teu caminho vazio
enrijece meu corpo.
E volto ao barro
onde fui esculpida.
O vento me deixa
- sou pedra sem vida?
Não.
Sou vida perene
perdida por ti
sou semente criada
para a luz refletir.
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