sábado, 28 de julho de 2012

Serenamente

Na rua mansa da cidade sem poema
meu coração desfalece
o sino de minha alma tange,
e o serenar suave cai sobre meus sonhos.

O vento apaga na areia as pegadas,
e a areia incógnita transcende segredo inviolável.

Em minhas mãos de espera
repousa a nostalgia crescente
o soluço, o serenar muito brando.

Estariam mortas as palavras?
Mudos os lábios?
Ou morreram as memórias mais queridas?

domingo, 22 de julho de 2012

Teu Nome

Uma noite,,, uma noite de amor.
Sussurei teu nome aos teus ouvidos.
A praia branca quase não o percebeu.

Depois ...
 
Tantas tardes te chamei perdidamente,
que por força de ouvi-lo,
o mar o aprendeu.

domingo, 8 de julho de 2012

Identificação


Foi você.
inútil negar
e solidificar-se em gelo.

O ato integral,
visível,
triunfa sobre tudo. 

Parti-me e
entre esferas claras
identifiquei-me ao mundo.

Silêncio vão.
Tenho palavras atômicas
aguardando a hora.

Do reconhecimento
partirá a luz
- ou a morte –

Foi você.
Os muros gravaram-te
no painel das entranhas.

O ato integral.
Sobre a mão leve,
rendida,
identifica-te.