segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Prisioneira

A poesia acariciou minhas noites,
noites nascidas no ocaso da infância,
correndo medrosas, por estradas sem luz.

Eu a retive nos braços e a beijei
na solidão de poemas sem destino.

A música acordou-me em madrugadas,
chegando pura, com o vento primeiro
que despertou meus sentidos.

Envolvi-me toda em seus afagos,
prisioneira sem algemas,
estranha prisioneira.