A poesia acariciou minhas noites,
noites nascidas no ocaso da infância,
correndo medrosas, por estradas sem luz.
Eu a retive nos braços e a beijei
na solidão de poemas sem destino.
A música acordou-me em madrugadas,
chegando pura, com o vento primeiro
que despertou meus sentidos.
Envolvi-me toda em seus afagos,
prisioneira sem algemas,
estranha
prisioneira.