segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Lançamento do livro "O Quinto Lótus"


Caros leitores amigos.

É com prazer que venho reeditar o livro "O Quinto Lótus" cuja primeira edição de 1972 estava esgotada. Agradeço o incentivo de minha querida amiga Raquel Romano / Aquarela Comunicação, Cultura e Educação, que possibilitou a realização desse meu desejo de ver este livro reeditado. Aproveito também para agradecer à Manduruvá Edições Especiais nas pessoas de Clarice Fonseca e Roberto Mendonça e principalmente ao Integridade - Espaço de Atividades e Residencial Sênior (meus queridos Adriana e Hudson), que gentilmente cedeu o local para o lançamento do livro.
Conto com a presença de todos vocês!

Célia Laborne Tavares

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Pureza Inerte


Minha angústia se derrama
sobre a folha branca.
Descarrego meus segredos,
e minha alma é leve.

Por um instante, há paz.

O desenho louco de letras
deseiva intensa,
conta a história irmã
de muitos caminhantes.

Por um instante, há comunhão.

Manchada está a brancura,
maculado o silêncio.
A pureza inerte
conheceu meus passos.

Por um instante, há vida.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

domingo, 9 de dezembro de 2018

Estranhos olhos


Chegaram estranhos olhos de uma terra estranha.
Noites sem fim, os esperei em muitas praias,
onde a lua, estendendo fios como aranha,
penetrava os sonhos e os retinha em suas raias.

Olhos estranhos voltaram, como um dia diferente,
cheios de luzes que não sei fitar.
O que vêm eles buscar ao sol poente,
quando o ideal está distante em seu trilhar?

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Gotas de Luz



Lágrimas sonâmbulas
dançando pelo espaço.
Chorando sono sem dono
ferindo mais que o aço.

Gotas de luz flutuando
imitando as estrelas
rolando soltas na face
de quem não sabe retê-las.

Pingos de água, orvalho,
pranto da fonte ausente
caindo leve, sozinho 
na alma que tudo sente.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Alfa e Ômega


Se corresse seiva em minhas veias
Não teria medo desse sacudir de folhas
Para o céu
Desse estender de braços
Para o infinito
Querendo romper véu após véu.

Se houvesse raízes sugando vida à terra
Não teria medo dessa fuga
Para a liberdade
Dessa intranquilidade,
Esse chamar aflito, além do infinito,
Sentindo que todo o ser
É um só grito.
Alfa e ômega do querer e do transcender.






domingo, 26 de agosto de 2018

Disformes Reflexos

Almas despertas pairam sobre as águas
tangidas pelo vento.

Suas imagens trêmulas
me são estranhas.

Não reconheço minha face
na superfície tocada.

Meu corpo corre exausto pela margem
buscando o encontro impossível.

Disformes estão os reflexos
de uma luz que busco atingir.