domingo, 4 de agosto de 2013

Alvorada

Noite tangida de luz e de encanto
trazendo à tona o sonho adormecido.
Noite profunda, penetrando o lago branco
onde afoguei o amor que era esquecido.

Luz nascida do primeiro dia
voltaste a um caminho impossível
onde toda a vitória foi vazia
onde tudo é escombro intangível.

O que busquei um dia é esquecido
- noite plena que nasces do passado –
as águas, por certo, levarão consigo
o que trouxeram num gesto impensado.

Que faria com adorno tão antigo
buscado no início da jornada?
Se agora os sonhos que abrigo
se renovam sempre na alvorada?