terça-feira, 28 de agosto de 2007

TRANSCENDENDO


Não de todo água
Nem de todo pedra
Engenho de orvalho
Chorando mistério

Matei-me no lago
Da água do rio
Do sino batendo
No corpo e na alma
Perdida, confusa
Entre verde e azul

Matei-me no medo
De me afogar
Nas vinte estrelas
Boiando nos olhos
Matei-me sabendo
Que iria chorar

Nas vinte palavras
Que deviam dizer
E falaram silêncio
Para me condenar
Era noite de lua
E me vi afogar

...Mas sabia do dia
do alvorecer
E matei-me por ele
Para um renascer
Hoje é dia de festa
Do novo viver
E só vivo pensando
Em me transcender.