Noites
que nasceram do mar
e
prolongaram o brilho de meus olhos
espero
o teu regresso
entre
os dedos da virgem das águas.
Minha
sombra se distende
sobre
a areia branca
e
entre conchas enormes
procuro
o mistério da vida.
Pérolas
de água vestem
o
meu corpo virgem
em
minhas mãos vazias,
a
carícia da espuma leve
vai
acordando minha alma.
Meu
vulto prisioneiro,
acorrentado
às praias
espera a festa marinha.