quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Poema I



Deixo meus olhos modelando estrelas
e minhas mãos dançando poesia.
Deixo meus passos contando à poeira
a história secreta dos caminhos.

Deixo e sigo te esperando.

Deixo os cabelos fundirem-se na noite,
e, serenados por lágrimas brilhantes,
serem o dançarino par de tanta sombra,
o eterno véu do sonho que não veio.

Deixo e sigo te buscando.

Deixo que o vento cante minha face,
e perfume dos poros as entranhas,
deixo que os anjos levem minha prece
e acendam círios nas igrejas...

Deixo tudo, tudo, e sigo te esperando.
 

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