quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Noturno

São soluços de almas que ouço,
são gemidos de entes humanos?
De onde vem essa voz dolorosa
que povoa minha alma de trevas?

Vem de longe, de mundos ocultos,
chegará de infernos ardentes?
Quem me manda este coro de ais,
que ecoa profundo em meu ser?

Reconheço essa voz... é do irmão?
Ou será de amigos ausentes?...
Não, ela parte de dentro da alma
vem do peito sangrando de dor.

Já a ouço tão perto, tão perto,
que percebo ser minha essa voz.

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