terça-feira, 18 de setembro de 2007

Última das Telas

Tela de Mtanaka

A última das Telas

Quando voltarem as manhãs de inverno,
o céu bem claro, o vento muito frio,
esquecerei a ausência, o dia eterno,
que deixou em minha alma este vazio.

Quando caírem as noites no caminho
buscando o agasalho nas janelas,
eu abrirei as minhas de mansinho
para se aquecerem junto às minhas velas.

De olhos abertos, desenhando ainda,
estarei, talvez, tão fria quanto elas,
deixando com a vida que se finda
o primeiro sonho na última das telas.

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