
A última das Telas
Quando voltarem as manhãs de inverno,
o céu bem claro, o vento muito frio,
esquecerei a ausência, o dia eterno,
que deixou em minha alma este vazio.
Quando caírem as noites no caminho
buscando o agasalho nas janelas,
eu abrirei as minhas de mansinho
para se aquecerem junto às minhas velas.
De olhos abertos, desenhando ainda,
estarei, talvez, tão fria quanto elas,
deixando com a vida que se finda
o primeiro sonho na última das telas.
Quando voltarem as manhãs de inverno,
o céu bem claro, o vento muito frio,
esquecerei a ausência, o dia eterno,
que deixou em minha alma este vazio.
Quando caírem as noites no caminho
buscando o agasalho nas janelas,
eu abrirei as minhas de mansinho
para se aquecerem junto às minhas velas.
De olhos abertos, desenhando ainda,
estarei, talvez, tão fria quanto elas,
deixando com a vida que se finda
o primeiro sonho na última das telas.