Luas vivas, transbordantes de luz,
que tecem prata em campos perdidos,
onde tudo a sombra se reduz
como castigo aos sonhos vividos.
Luas vivas que pairam sobre os lagos,
sobre a superfície tocada e ondulante
que deforma a imagem em seu afago
de espelho móvel, reflexo inconstante.
Luas vivas que me falam de paz
e emolduram de luz a negra noite,
como desvendar o segredo que me traz
a seu jogo presa, presa a seu açoite?